quarta-feira, 30 de outubro de 2013

EVENTOS DE NOVEMBRO

Encontro mensal no CMN terça-feira, dia 26. Rendez-vous pelas 12.15h, seguido de almoço.
Reunião do Curso, nesta mesma data, pelas 14.00h, sobre o 50º Aniversário do Curso
Aniversários:
09 - (1946) --- Fernando Vargas de Matos       
11 - (1944) --- Hermano Simões Arrobas               
12 - (1944) --- Jorge Augusto Pires

domingo, 27 de outubro de 2013

DIA DO CURSO (III)


O cocktail foi servido no jardim. Canapés diversos , vinho rosé Versátil e sumos.
Eis algumas fotografias:






sexta-feira, 25 de outubro de 2013

DIA DO CURSO (II)


Conforme já aqui noticiámos o Dia do Curso foi comemorado com um encontro e almoço no Vila Galé Collection Palácio dos Arcos, unidade hoteleira de 5* recentemente inaugurada, nascida da adaptação e reabilitação do histórico Palácio dos Arcos. 
 
 
Reza a tradição que foi das suas varandas que D. Manuel I viu as naus sairem a barra rumo à Índia.
Também há 49 anos os HagaCês sairam e entraram esta barra pela primeira vez nos primeiros embarques da nossa vida naval.  
 
A poesia é o tema inspirador de toda a decoração do Vila Galé Palácio dos Arcos e no amplo jardim encontramos a “mesa dos poetas”, escultura de homenagem aos grandes poetas nacionais.
 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

COLÉGIO MILITAR


Ainda a propósito do discurso do Comandante de Batalhão na abertura solene do ano letivo do Colégio lembro que o nosso curso tem três distintos ex-alunos do Instituto dos Pupilos do Exército, instituição que também foi alvo de estruturação imposta pelo MDN.
Do Victor Gonçalves de Brito recebemos um brilhante comentário que reflete a indignação e a tristeza que todos nós ex-alunos destes colégios sentimos pelo modo como o processo está a ser conduzido. Com a devida vénia seguidamente o transcrevemos:
“A propósito do teu texto inserido  no blog do HC, em 21 de Outubro pp, onde transcreves uma alocução do actual Comandante do Batalhão Escolar do Colégio Militar, associo-me às tuas preocupações e refiro o meu total repúdio pela maneira com o Ministro da Defesa Nacional tem conduzido os assuntos dos 3 EME - CM, IO e IPE.
Tal como noutros temas nacionais importantes, também na condução desastrada deste assunto as virtudes do sistema democrático e do Estado de Direito têm sido esticadas ao limite pelo actual Governo. Instituições seculares, com relevantes serviços prestados nas áreas social e educacional, não deviam poder ser abaladas por meros despachos ministeriais, imbuídos de preconceitos, alguns dos quais nem publicados no DR foram.
O facto do contexto social actual ser diferente e a necessidade de racionalizar a gestão aconselham a uma reapreciação dos termos de funcionamento dos EME, mas tal não deve ser motivo suficiente para que alguém leve por diante alterações drásticas que abalam os fundamentos dessas Instituições, sem tomar em consideração recomendações e pareceres de parcelas da sociedade, em particular dos antigos alunos através das respectivas associações e sem envolver deliberações da Assembleia da República.
O processo em curso, que de modo manhoso pode levar ao encerramento do Instituto de Odivelas, deve ser combatido até ao limite. O modo de actuação do Ministro acabou por originar controvérsias sobre o direito de acesso aos EME, a diferenciação de género nos bancos da escola, o internato/externato, etc. que são matérias que faz sentido discutir, mas não em clima de coacção, depois da publicação dos despachos ministeriais.
Como ex-aluno do IPE e actual presidente da mesa da assembleia geral da respectiva associação de antigos alunos (APE), nos últimos anos tenho acompanhado de perto toda a problemática do IPE e estou convencido que estas nobres instituições, com os ajustamentos que a evolução dos tempos aconselhe, continuam a ter lugar numa sociedade democrática e que se pretende diversificada.
Termino saudando com amizade todos os nossos Camaradas de Curso, ex-alunos do Colégio Militar.
Victor Gonçalves de Brito”

terça-feira, 22 de outubro de 2013

NOTÍCIA HC


Embora tenha preferido a navegação terrestre, a verdade é que o Coronel Américo Fernandes Henriques considerado um emérito especialista em História Militar de Portugal, foi por algum tempo cadete HC. Nesta condição e com a devida vénia ao autor transcrevemos a carta que achou por bem enviar aos membros dos Grupos Parlamentares:
“Excelentíssimos e ilustríssimos membros dos Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República Portuguesa. Eu, abaixo-assinado, Américo José Guimarães Fernandes Henriques, Coronel de Infantaria “Comando” na situação de Reforma, venho através desta carta mostrar a todas Vossas Excelências o quanto a vossa prestação ao serviço do Povo Português, de quem sois os mais legítimos representantes, me tem impressionado, comovido e motivado. Operacional do 25 de Abril de 1974, conspirador no planeamento do Movimento das Forças Armadas (foi em minha casa que o então Major Otelo Saraiva de Carvalho fez a ultima reunião antes da Revolução) participante nas acções comandadas pelo então Major Jaime Neves, dei ao 25 de Abril o melhor de mim próprio, a minha alma de Português, Patriota e Militar, sem olhar ao risco da minha vida, da minha família e da minha carreira. Sabia a razão da minha revolta, abraçava com imensa fé a minha escolha e aceitava plenamente as consequências dos meus actos. Conscientemente, arriscava tudo para poder devolver ao Povo Português o direito de decidir do seu destino, a par do direito de se pronunciar livremente sobre a continuação da nossa secular presença em Africa e da sua participação numa obra politica magnifica, que levasse, de uma forma pacifica e nobremente aceite, os mais ricos a serem um bocadinho menos ricos, para que os mais pobres fossem um “bocadão” menos pobres.
Passaram quarenta anos sobre aquelas duas horas da tarde do dia 24 de Abril de 1974, em que eu, então um jovem Tenente chegado de Moçambique, iniciei a minha participação no Movimento, enquadrado num pequeno grupo de Oficiais instrutores da Academia Militar, todos eles tão devotadamente empenhados naquela Missão Histórica quanto eu estava, todos eles tão romanticamente crentes como eu era, todos eles tão Portugueses e tão Patriotas quanto eu sou. E passaram quarenta anos em que praticamente tudo aquilo que me levou a sonhar e a participar, a arriscar e a sofrer (fui preso no 11 de Março de 1975 como um perigoso fascista, tive a casa assaltada e a família roubada na reforma agrária, vi os meus tios e primos retornados de Africa… participei no 25 de Novembro) praticamente tudo, TUDO, miseravelmente traído, corrompido, destroçado, pela incompetência, pela leviandade, pela ausência de valores e pela maldade do bando de hipócritas e de salafrários a quem, inocentemente (mas nem todos…) abrimos as Portas de Portugal.
E passaram quarenta anos em que a Democracia Portuguesa evoluiu para a “partidocracia”, para aquela feira de vaidades manhosa e corrupta a que o Senhor D. Pedro V chamava (e bem!!!) “canalhocracia”, e onde o Poder Politico, sem perguntar NADA a NINGUÉM, nos foi metendo na “alhada” mais vertiginosa da nossa História, dessa mesma História que foi negada ao conhecimento de duas gerações de Portugueses por decisão desse mesmo Poder Politico, dessa mesma História que hoje vê Portugal tratado abaixo de cão, insultado na praça pública, devedor de chapéu na mão e ultrajado, miseravelmente ultrajado dentro da própria casa, por um bando de lacaios de uma potência estrangeira. Excelentíssimos Senhores. Ciente de que o meu grito de revolta vos vai passar alegremente ao lado, e de que a vossa preocupação constante na condução perfeita e justa dos destinos da Pátria Portuguesa não vos deixará um minuto sequer para meditar sobre a revolta deste Militar reformado que vos importuna o trabalho, apenas vos peço que anoteis na vossa agenda de assuntos marginais que um dos homens que arriscou a vida, a família e a carreira, para vos ter sentados nas cadeiras do Poder e nas bancadas do Parlamento, está muito zangado com todas Vossas Excelências, e só reza a Deus pelo dia em que (de forma pacifica é claro!!!!) veja Vossa Excelências pelas costas, e a prestar contas à Nação Portuguesa. Atentamente e com a devida consideração
a) Américo José Guimarães Fernandes Henriques Coronel de Infantaria (Cmd) Reformado”

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

COLÉGIO MILITAR


Pelo nosso Curso passaram 10 ex-alunos do Colégio Militar. Agora que está em curso uma repentina e conturbada transformação do seu modelo educativo transcrevo o significativo discurso do Comandante de Batalhão na abertura solene do ano letivo.
Com a devida vénia ao seu autor, o Nuno Raposo, que tem 7 anos de vivência colegial e representa todos os seus camaradas!
 
“Devo confidenciar-vos que a minha alma é, neste momento, invadida por um misto de sentimentos contraditórios. Por um lado, é a alegria e o orgulho que me preenchem, por aqui estar, hoje, no comando do Batalhão Colegial, a discursar para todos vós, nestes claustros centenários gastos pelo tempo … mas por outro, é a tristeza e o receio que me assombram por saber que estes claustros, que sobreviveram a invasões, a guerras civis e a golpes de estado, estão frágeis e que podem sucumbir ao mais pequeno dos terramotos.
O Colégio encontra-se hoje na situação mais difícil da sua longa e áurea história de 210 anos.
O Exmo MDN, Dr. José Pedro Aguiar Branco, destruiu, com a tinta azul duma caneta no seu luxuoso gabinete aquilo que, durante mais de dois séculos, milhares de portugueses construíram com o vermelho do sangue nas mais adversas condições.
Alegando, inicialmente, razões económicas e mais tarde, razões de caracter ideológico, o Exmo MDN pôs fim a dois séculos de ensino de excelência, pôs fim a dois séculos da História do nosso Portugal, pôs fim ao sonho do Homem que de simples soldado se fez Marechal e a Ministro da Guerra, cargo que ocupou não pelos jogos políticos mas pela riqueza de caracter e extraordinário carisma demonstrados no comando dos seus homens.
O despacho de Abril veio pôr fim ao Colégio que todos conhecíamos e dar início a um outro, muito diferente, cheio de novos problemas, cheio de novos desafios e, acima de tudo, cheio de novas oportunidades.
A responsabilidade de manter a chama viva e de construir o futuro desta casa recai sobre todos nós… Uns por cá estudarem, outros por cá terem estudado, uns por cá trabalharem, outros por terem confiado ao Colégio a educação dos seus filhos … e é por isso que só em conjunto e reforço, só em conjunto seremos capazes de ultrapassar os obstáculos que se adivinham, de forma que peço a todos e a cada um de vós que vos entregueis de corpo e alma a esta nossa Casa que tanto nos ensinou para que possa continuar a transmitir às gerações futuras os valores idealizados pelo Fundador e inscritos no nosso Código de Honra.
Pais e encarregados de educação, quero aproveitar este momento solene para agradecer a confiança que depositastes no Colégio Militar ao escolherdes este projecto educativo para a educação dos vossos filhos. Quero pedir-vos que apoiem e ajudem os vossos filhos com todas as vossas forças, que falem com eles sobre os assuntos que os preocupam e incomodam e que não desistam de lutar por eles mesmo quando eles desistirem de si próprios porque a família é uma unidade fundamental na educação das crianças e dos jovens e sem o vosso apoio, a educação deles fica comprometida.
Professores, da vossa parte esperamos total disponibilidade e máximo empenho porque sois um pilar fundamental na aprendizagem dos nossos alunos. Um bom professor não é aquele que se alheia das suas responsabilidades e permite aos alunos que tudo seja feito, só para cair nas boas graças destes. Um bom professor é aquele que exige o máximo dos seus alunos e não permite falhas por desleixo, mesmo que isso lhe custe uma reputação menos boa perante os discípulos. Empenho e dedicação é tudo o que vos peço porque esta casa também é vossa e cabe-nos a todos trabalhar por ela.
Por último dirijo-me a vós alunos, na qualidade de Comandante de Batalhão e de irmão mais velho. O Colégio tem uma história invejável, com 5 presidentes da república, inúmeros ministros, atletas olímpicos e figuras de relevo na sociedade mas não podemos viver encostados à História nem às figuras ilustres do passado porque o Colégio, muito mais que o passado, é o presente e o futuro.
Nós somos a razão de ser desta Casa e não temos estado à altura das circunstâncias. Os resultados escolares dos últimos anos não são admissíveis numa escola que se diz de excelência. É tempo de inverter a postura de ociosidade que se tem vindo a generalizar nos últimos anos e de nos aplicarmos a fundo nos estudos e nos resultados, já que eles são, para a sociedade, o espelho desta Casa e deles depende muito a entrada de novos alunos.
A falta de alunos é um dos principais problemas com que o Colégio se debate, de forma que não nos podemos dar ao luxo de abandonar os mais fracos. Bem pelo contrário, temos o dever de os aceitar na diferença, de os proteger e de os integrar porque ou vencemos como um todo ou morremos como indivíduos.
“Neste Colégio, ninguém fica para trás”, disse-o o presidente da AAACM no 3 de Março último e reforço-o eu aqui, porque acredito ser algo que todos temos de interiorizar.
Graduados, este será certamente um ano que nenhum de nós esquecerá. A responsabilidade que recai sobre nós por termos sob nossa alçada a orientação dos mais novos, é enorme. O ano lectivo que hoje oficialmente se inicia reserva-nos certamente inúmeras adversidades, muitas delas relacionadas com o próprio processo de reforma, mas estou certo de que se conseguirmos conservar o bom senso e agirmos sempre de acordo com os princípios do Código de Honra, seremos capazes de ultrapassar todo e qualquer obstáculo que se atravesse no nosso caminho.
Futuros Ratas, reservei para vós uma mensagem muito especial que espero que guardeis na memória como a primeira e uma das mais importantes. É com muita alegria que vos vejo aqui hoje formados no centro das atenções, envergando pela primeira vez a farda cor de pinhão. Inicia hoje, aqui, debaixo de todos estes olhares, o vosso longo percurso de 8 anos que fará de vós homens e mulheres prontas a servir Portugal. Prometo-vos que o caminho vai ser difícil, se fosse fácil qualquer um o faria, cheio de obstáculos e provações que só em conjunto sereis capazes de ultrapassar. Os camaradas que dormem ao vosso lado serão os vossos melhores amigos, não só aqui, durante estes 8 anos, como também depois, quando terminar o vosso percurso. São eles que vão estar presentes nos momentos de maior felicidade e vão ser eles também a dar-vos a mão nos momentos de sofrimento e de tristeza. Hoje, turistas, provavelmente não sereis capazes de entender a profundidade destas palavras mas amanhã, finalistas, compreendereis certamente a emoção nelas contida.
Termino da mesma forma que, em Janeiro de 1961, John F. Kennedy terminou o seu discurso de tomada de posse, dizendo-vos não para perguntardes o que o Colégio pode fazer por vós mas o que podeis vós fazer pelo Colégio.
Bem hajam"

domingo, 20 de outubro de 2013

DIA DO CURSO


Realizou-se ontem, sábado 19OUT, no Vila Galé Collection Palácio dos Arcos (5*) o encontro comemorativo do 49º aniversário do Curso Hermenegildo Capelo.
O almoço deste ano, designado “Barra de Lisboa”, contou com 39 participantes: 23 cadetes e 16 senhoras que, como habitualmente, muito dignificaram o evento.
Aproveitando o bom tempo os aperitivos foram servidos no Jardim junto da mesa dos poetas. 
Depois da fotografia de família passámos ao Restaurante para uma bem confecionada refeição.
 
 
O Manuel Vitorino proferiu o tradicional discurso de saudação evocando a nossa entrada na Escola e os sentimentos que nos animavam para o futuro, não esquecendo homenagear os nove camaradas que já não estão connosco.
O João Sadler referiu algumas questões ligadas à exposição “HC.ARTCOLEX” e distribuiu a ficha que permitirá aos exponentes informarem o que vão expor e definirem os necessários requisitos.
O encontro decorreu muito animado dentro do espírito de camaradagem que nos caracteriza, tendo durado até ao fim da tarde.
Um abraço aos camaradas que apresentaram atestado médico e aos que enviaram mensagens de saudação.

 
O GT "HagaCê"
 


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

LIGA DOS COMBATENTES


O artigo que recentemente publicámos em cinco capítulos, da autoria do nosso camarada Filipe Horácio Pereira Macedo, não permitiu uma leitura seguida tendo retirado algum interesse aos seus leitores. Assim, por sua sugestão, optamos por o reeditar numa forma global. 

LIGA DOS COMBATENTES 

Preâmbulo 

Em Novembro de 2003 quando passei à situação de reserva, fui chamado ao Superintendente dos Serviços de Pessoal que me perguntou se queria prestar serviço na Liga dos Combatentes.
Como conhecia muito pouco daquela instituição, só sabia que era para apoiar “os combatentes e seus familiares que restavam da I Grande Guerra”, pedi para me informar mais a fundo sobre os seus objectivos e finalidades e só passados alguns dias aceitei o “repto”.
E, como penso, que muitos camaradas de Marinha pouco sabem do que faz a Liga dos Combatentes, lembrei-me de dar uma ideia do que é hoje esta instituição quase secular (foi criada em 1923 por três militares, dois do Exército e um de Marinha) que sentiram a necessidade de apoiar os milhares de soldados que voltavam da I Grande Guerra mutilados e estropiados e que precisavam desesperadamente de apoio médico e social, devido às doenças e traumas sofridos durante o período em que estiveram em França.
 A maior parte destes combatentes que regressaram à Pátria (o efectivo de combatentes nesta Guerra de 1914/1918 foi de 55.165 homens em que mais de 3000 terão morrido em combate), vinham com gravíssimos problemas nos pulmões (gaseados) devido aos bombardeamentos com gás que os alemães fizeram nos últimos anos de guerra e também com graves ferimentos nos pés e pernas devido à permanência prolongada nas trincheiras com os pés e pernas mergulhados em água e lama geladas.
Mais tarde após a Guerra do Ultramar (1961/1975), em que estiveram envolvidos mais de 700.000 militares portugueses e em que pereceram cerca de 10.000 homens (4000 em Angola, 3000 em Moçambique e 3000 na Guiné), o esforço da Liga passou a dirigir-se a estes antigos combatentes que na maioria dos casos também foram abandonados à sua sorte, com todo o tipo de mazelas físicas e psicológicas associadas aos traumas da guerra em África.
A Liga tem actualmente mais de 50.000 sócios que estão afectos a mais de 100 Núcleos ao longo do País e do estrangeiro, pois existem já Núcleos da Liga no Canadá (3), em França (5), em Cabo Verde e na Guiné-Bissau.
 
Principais objectivos da LC

1.    Promover os valores, nomeadamente o amor à Pátria e a divulgação, em especial entre os jovens, do significado dos símbolos nacionais, bem como a defesa intransigente dos valores morais e históricos de Portugal;
2.   Promover o prestígio de Portugal, designadamente através de acções de intercâmbio com associações congéneres estrangeiras;
3.    Promover a protecção e auxílio mútuo e a defesa dos legítimos interesses espirituais, morais e materiais dos sócios;
4.   Cooperar com os órgãos de soberania e a administração pública no que respeita à adopção de medidas de assistência a situações de carência económica dos associados e de recompensa àqueles a quem a Pátria deva distinguir por actos ou feitos relevantes prestados ao seu serviço.
5. Criar, manter e desenvolver departamentos ou estabelecimentos de ensino, cultura, trabalho e solidariedade social em benefício geral do país e directo dos seus associados. 

Órgãos centrais da LC 

A Liga dos Combatentes exerce a sua actividade através dos seus Órgãos centrais e dos seus Núcleos.
São os seguintes os Órgãos centrais:
1.    Conselho Supremo – Órgão consultivo para assuntos relacionados com a actuação, funcionamento e organização da Instituição.
     Os seus membros são eleitos pela Assembleia Geral e são em número igual ou superior a 10 e inferior a 20.
2.    Órgãos de eleição por mandato:
- Assembleia Geral e assembleia de Núcleos
- Direcção Central - Constituída por um Presidente, um Vice-Presidente, um Secretário-Geral, sete vogais dos quais dois são administrativos e um Secretário                                                                                     
     - Direcções dos Núcleos – constituídas por um mínimo de 5 elementos, sendo um Presidente, um  Tesoureiro e três vogais.
- Conselho Fiscal     

Sócios

A Liga admite como sócios todas as pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras que professem o ideário da instituição e que se disponham a servi-la, contribuindo com o seu patrocínio e o seu esforço ou auxílio monetário para a manutenção e funcionamento da mesma.
Agrupam-se nas seguintes categorias:   
-    Sócios combatentes – os cidadãos nacionais ou estrangeiros que prestem ou tenham prestado serviço nas Forças Armadas Portuguesas e os elementos das forças de segurança que tenham participado em missões de defesa, de segurança, de soberania, humanitárias e de paz ou cooperação.
-    Sócios efectivos – os cidadãos que prestem ou tenham prestado serviço nas Forças Armadas Portuguesas, mas que não preencham as condições referidas no nº anterior.
-    Sócios extraordinários – os cônjuges, os cônjuges sobrevivos e os ascendentes e descendentes até ao 2º grau dos sócios combatentes e dos sócios  efectivos.
-    Sócios honorários – as pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, a quem, por mérito ou pelos serviços relevantes prestados à Pátria ou à Liga dos Combatentes, a Assembleia Geral confira esse título.
-    Sócios beneméritos – as pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, a quem, por actos praticados em benefício da Liga dos Combatentes ou dos seus associados, a Direcção Central atribua essa qualidade.
-    Sócios apoiantes – as pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, que apoiem de forma regular com donativos ou quotização os núcleos em que estejam filiados.

Programa de actividades

A Liga prossegue actualmente um programa de actividades muito diversificado, em conjunto com os seus Núcleos que está centrado em 6 grandes projectos estruturantes que são :
1. Programa Liga Solidária – pretende centrar-se na construção de Lares de 3ª Idade e Creches para os combatentes e seus familiares.(Já existem lares no Porto, em Coimbra e em Estremoz e existem projectos para mais Lares que  estão dependentes de apoios financeiros).
2. Programa Cuidados de Saúde – tem por finalidade apoiar os antigos combatentes nos cuidados médicos a prestar nos locais ou perto das suas residências, com a criação de CAMPS- Centros de Apoio Médico, Psicológico e Social, que são constituídos por uma equipa com um médico de clínica geral, um psicólogo, uma assistente social e uma enfermeira que nos Núcleos ou nas suas proximidades dão apoio aos respectivos sócios. Existem actualmente CAMPS em Chaves, no Porto, em Coimbra, em Manteigas, em Lisboa, em Évora, em Beja e em Loulé e ainda GAMPS (Grupos de Apoio Médico, Psicológico e Social em Ponta Delgada, em Angra do Heroísmo e no Funchal).
3. Programa Cultura, Cidadania e Defesa – é um programa centrado no Forte do Bom Sucesso que foi cedido à Liga dos Combatentes e onde se realizam eventos de vária ordem (exposições, lançamento de livros, colóquios, etc e onde está localizado o Museu do Combatente com armamento e peças dos ramos das Forças Armadas e das Forças de Segurança.
     Junto ao Forte do Bom Sucesso está o Monumento aos Mortos do Ultramar em cujas paredes estão lápides com os nomes dos dez mil portugueses que morreram em combate pela Pátria e onde são realizadas as cerimónias de homenagem a esses Portugueses que pereceram no cumprimento do dever. Este Monumento é alumiado por uma chama de azeite votivo, sempre acesa, em homenagem ao soldado desconhecido e uma guarda permanente de militares dos três ramos das Forças Armadas (um ramo em cada mês), que realizam a cerimónia do render da guarda perante os visitantes daquele lugar sagrado. 
4. Programa Inovação e Modernização – È um programa sempre activo, que visa actualizar e modernizar todos os Núcleos da Liga dos Combatentes, que são já mais de 110, incluindo os do estrangeiro, com comunicações e meios informáticos actualizados, permitindo ligar todos os Núcleos entre si e com a sede da instituição em Lisboa.
5. Programa Conservação das Memórias – É um programa que visa recuperar as ossadas de milhares de soldados que morreram ao serviço da Pátria e que ficaram sepultados nos territórios em que pereceram. Estima-se em mais de 2000 os corpos inumados nos antigos territórios que ainda se encontram nos  lugares onde então foram sepultados.
A Liga já enviou equipas de antigos combatentes à Guiné e a Moçambique, onde detectou várias dezenas de ossadas, as quais, depois de devidamente identificadas, foram depositadas em locais com dignidade (igrejas e capelas), para aí, serem alvo de homenagem da parte das autoridades locais e das autoridades diplomáticas portuguesas.
     Foi feito também um protocolo com a TAP para que essas ossadas possam ser trazidas para Portugal, sem custos para os familiares que o desejem.
6. Programa Passagem do Testemunho – Como a maioria dos combatentes da Guerra do Ultramar já têm mais de 60 anos de idade e para que a Instituição Liga dos Combatentes não se extinga por falta de sócios, a Liga agregou como seus associados os combatentes das operações de paz e humanitárias e está a realizar uma campanha junto dos elementos da PSP e GNR e dos  alunos dos estabelecimentos militares de ensino, para os sensibilizar para a importância dos valores morais e históricos do nosso país e para fazer mais sócios jovens. 
 
Convido pois, todos os camaradas a visitar o Forte do Bom Sucesso (onde está instalado o Museu do Combatente) e o Monumento aos Mortos do Ultramar com as suas lápides, onde estão inscritos os nomes de todos os portugueses que morreram pela Pátria, nessa guerra. 
Junto ao Forte está instalado o chamado “Café do Forte”, onde existe um serviço de cafetaria com esplanada e cadeiras confortáveis, com vista para o rio e onde se disfruta uma vista e um sossego digno de ser visitado como acontece já com elevado número de turistas.
 
       Filipe Horácio Pereira Macedo

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

CURSO “MIGUEL CORTE REAL”

O CR iniciou as comemorações do 50º aniversário da sua entrada na Escola Naval com a apresentação de cumprimentos ao Almirante CEMA.
Não podemos deixar de assinalar o forte convívio que mantivemos com este Curso, certamente motivado pelo facto de o nosso HC ter recebido 25 cadetes vindos do CR.
Na Escola e mais tarde nas diversas situações da vida naval, estabeleceram-se sólidos laços de amizade e camaradagem entre CR’s e HC’s.
Congratulamo-nos com este aniversário e felicitamos todos os camaradas do CR, não deixando de recordar aqueles que já não estão connosco.
O GT HagaCê